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VALE UM PONTO PARA SEXTA FEIRA (17/08)

Comentários

  1. Aquela história de calmaria antes da tempestade é a maior mentira que os ditos populares já me contaram. Se existisse, marinheiro nunca seria pego de surpresa.

    Calmaria

    de verdade vem é depois da tempestade, da revolta, da depressão profunda, das ondas que viram barcos, da água salgada impossível de beber. Mas nem de longe significa que calmaria é céu limpo, sem risco de tempestade desabar, sem chance de furacão.

    Quando vem depois da tempestade, calmaria é apatia. É continuar sem rumo, perdido no bote salva-vidas, boiando em mar aberto, sem saber exatamente quando um barco vai passar e resgatar. Se passar. Se resgatar.

    Meus dedos correm pelas prateleiras extensas, algumas com camadas a mais de poeira do que outras, espaços vazios aqui e ali, o odor de papel antigo, o novo misturado ao pó e ao café que parece circular todas as fileiras.

    Sigo pela textura, liso demais, detalhado demais. Parece suficientemente comum. Tiro o exemplar da prateleira e retorno para a mesa, no canto, com vista para todos os pedaços do lugar decorado sem um estilo propriamente dito. Como os porta-

    porta-guardanapos com estampa vintage Coca-Cola, livros de capas sem nomes espalhados nas mais diferentes disposições e os candelabros de arabescos com velas de mentira pendendo do teto.

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  2. OLÁ MEU NOME É EMANUEL DE OLIVEIRA NUNES DO 7A
    esse é o meu comentário
    Aquela história de calmaria antes da tempestade é a maior mentira que os ditos populares já me contaram. Se existisse, marinheiro nunca seria pego de surpresa.

    Calmaria

    de verdade vem é depois da tempestade, da revolta, da depressão profunda, das ondas que viram barcos, da água salgada impossível de beber. Mas nem de longe significa que calmaria é céu limpo, sem risco de tempestade desabar, sem chance de furacão.

    Quando vem depois da tempestade, calmaria é apatia. É continuar sem rumo, perdido no bote salva-vidas, boiando em mar aberto, sem saber exatamente quando um barco vai passar e resgatar. Se passar. Se resgatar.

    Meus dedos correm pelas prateleiras extensas, algumas com camadas a mais de poeira do que outras, espaços vazios aqui e ali, o odor de papel antigo, o novo misturado ao pó e ao café que parece circular todas as fileiras.

    Sigo pela textura, liso demais, detalhado demais. Parece suficientemente comum. Tiro o exemplar da prateleira e retorno para a mesa, no canto, com vista para todos os pedaços do lugar decorado sem um estilo propriamente dito. Como os porta-

    porta-guardanapos com estampa vintage Coca-Cola, livros de capas sem nomes espalhados nas mais diferentes disposições e os candelabros de arabescos com velas de mentira pendendo do teto.

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